O atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) foi tema de uma palestra realizada na quarta-feira (4/10), aos servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). O evento ocorreu de forma híbrida, no Plenário da sede, e também com a transmissão aos servidores do interior do estado, pelo canal do YouTube.
O objetivo é promover a sensibilização sobre a temática e a disseminação de informações que possam auxiliar na compreensão, na orientação e no pleno atendimento das pessoas com TEA nos ambientes do TRE-MT, seja público externo ou interno, em especial por parte das unidades e dos Cartórios Eleitorais que lidam com atendimento ao público.
A palestra foi ministrada pela médica Luciana de Sena, que compõe o quadro do Tribunal. Ela falou sobre o espectro autista e apresentou o Manual de Atendimento a Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a fim de nortear a atuação dos órgãos do Poder Judiciário. “Parte desta orientação é justamente treinar as equipes, capacitar os servidores e magistrados para um atendimento adequado aos públicos interno e externo que têm essa condição. O autismo não é uma doença, mas uma alteração do desenvolvimento, é uma condição diversa do desenvolvimento cerebral que envolve dificuldades de interação social e, às vezes, também na comunicação”.
Ela também explicou que o atendente, ao ter essa sensibilidade, contribui para que a pessoa em condição de TEA não se sinta constrangida, o que auxilia também na eficiência do atendimento prestado. “A função é orientar para que o acolhimento, a recepção e a interação com essas pessoas que tenham essa certa dificuldade, sejam adequados. Assim, podemos propiciar um ambiente tranquilo para o cidadão eleitor e para as pessoas que nós temos aqui no nosso convívio diário também”, acrescentou a médica Luciana de Sena.
O secretário de Gestão de Pessoas do TRE-MT, Valmir Nascimento Milomem Santos, ressaltou as reflexões provocadas pela palestra sobre a importância de um relacionamento mais humanitário, e da conscientização no ambiente do trabalho e também nas relações sociais e familiares. “Muito além do aspecto do atendimento formal junto ao CNJ, nós entendemos que se trata realmente de uma ação necessária para entender esta condição e trazer, sobretudo, melhor acolhimento para os jurisdicionados que se encontram nessa circunstância. Então, a palestra visou capacitar os servidores para que possam compreender as dificuldades de quem possui TEA e, acima de tudo, prover um acolhimento, observando o ambiente do cartório, a questão sonora, por exemplo, e também pensando no período das eleições, que envolve geralmente um momento mais acentuado e com maiores movimentações de pessoas”.
A palestra foi promovida pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), com o apoio da Coordenadoria de Assistência Médica e Social (CAMS) e do Núcleo Socioambiental e de Acessibilidade da Assessoria de Planejamento (ASPLAN).
Fonte: TRE-MT
Fonte: Portal CNJ