A Polícia Civil do Distrito Federal, em conjunto com a Subsecretaria da Receita do Distrito Federal, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22), a Operação Romanos 13:7. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão para reprimir os crimes de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, os quais acarretam grande prejuízo ao Erário e, consequentemente, grave dano à coletividade.
A investigação revelou que os investigados formaram um grupo econômico com os membros da família, que teve como prática fraudulenta e recorrente declarar débitos tributários a recolher, sem, contudo, a intenção de
efetivamente proceder ao pagamento dos valores devidos do tributo. Ou seja, de uma forma continuada eles declaravam e não pagavam os impostos, acarretando dívidas que ultrapassam a cifra de R$ 500 milhões.
De acordo com a investigação, as empresas, atuantes no ramo de supermercados, ainda realizaram sucessivas simulações de pagamento (parcelamentos) que muitas vezes levam o Sistema de Justiça e a Fazenda Distrital a acreditar que, em algum momento, os devedores iriam quitar suas dívidas. No entanto, os indícios demonstraram que os suspeitos não tinham a intenção de regularizar a situação junto à Receita do Distrito Federal.
Em síntese, os artifícios eram utilizados para induzir em erro a administração fazendária, no sentido de fazer crer que o passivo tributário seria honrado por meio de parcelamentos, suspendendo-se as ações fiscais. Além
disso, a investigação evidencia a mescla de recursos ilícitos com recursos lícitos tanto das empresas investigadas quanto de outras empresas de propriedade dos suspeitos, gerando uma confusão patrimonial, tentando criar explicações aparentemente legítimas para os ativos financeiros obtidos como fruto da fraude fiscal.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e sedes de empresas, nas regiões administrativas de Águas Claras, Gama, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, além do Sudoeste e Plano Piloto.