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    Brechas no projeto arquitetônico do Teatro Nacional permitiram a criação de novos espaços

    Um dos maiores complexos culturais do país, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma área de 500 mil metros quadrados.

    Por se tratar de uma estrutura tão grande, a edificação foi construída com alguns “vazios” que foram descobertos durante o processo de concepção dos projetos para a obra de restauro do equipamento público.

    Essas brechas no projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer foram usadas para a inclusão de novos e importantes ambientes na primeira etapa da reforma.

    “O Teatro Nacional foi executado meio que ao mesmo tempo da execução do projeto. Então algumas informações nas plantas não condizem com que foi feito. Quem nos abriu as brechas foi o projetista Bruno Contarini [engenheiro da obra original]. Ele nos deu a possibilidade de vasculhar”, comenta a diretora executiva da Solé Associados, empresa responsável pelo projeto, Antonela Solé.

    É o caso do novo sistema de ventilação do teatro, que ocupa uma área embaixo da plateia da Sala Martins Pena, onde antes só havia terra. Agora, o espaço conta com uma estrutura para receber o ar da sala por meio de dutos de ventilação instalados debaixo das novas poltronas. O objetivo é garantir a troca de ar no ambiente.

    Outro espaço que foi aproveitado entre os vazios do teatro está no foyer da Sala Martins Pena. Uma área na sequência da bomboniere e da bilheteria deu lugar a novos banheiros, incluindo um acessível para pessoas com deficiência (PcDs) e um fraldário.

    Obra de restauração

    O Teatro Nacional Claudio Santoro foi fechado em 2014 após descumprir normas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). Na época, foram enumeradas mais de 100 irregularidades.

    A obra de restauração teve início pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em dezembro de 2022 pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas.

    Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consiste na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação de uma das salas. O GDF já anunciou que serão investidos R$ 320 milhões na próxima fase da obra. Os projetos das demais etapas incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.

    Fonte: Agência Brasília

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