Krystsina Tsimanouskaya, a velocista bielorrussa que desertou nas Olimpíadas de Tóquio há dois anos, foi liberada pela federação mundial de atletismo para competir pela Polônia depois de abrir mão do período normal de espera de três anos para mudanças de nacionalidade.
Tsimanouskaya se recusou a embarcar em um voo de volta para casa a partir de Tóquio quando foi retirada das Olimpíadas contra sua vontade, depois de reclamar publicamente sobre a decisão dos técnicos da seleção nacional de inscrevê-la no revezamento 4×400 metros, que não era sua distância habitual.
Ela desertou para Polônia, dizendo temer por sua segurança se voltasse para Belarus. A Polônia a concedeu cidadania no ano passado.
Uma carta do Painel de Revisão de Nacionalidades da World Athletics vista pela Reuters na segunda-feira (7) dizia que Tsimanouskaya poderia representar a Polônia a partir de 6 de agosto de 2023.
“O Painel de Revisão concordou em renunciar ao período de espera de 3 anos a partir da data de inscrição com base no fato de que a atleta representou Belarus pela última vez em 30 de julho de 2021, nos Jogos Olímpicos de Tóquio e que a atleta não disputa competições representativas nacionais há dois anos”, disse a carta.
A World Athletics encaminhou perguntas à Associação Polonesa de Atletismo (PZLA), dizendo que era um processo de inscrição confidencial.
O PZLA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
“Estou extremamente feliz, mas estou experimentando emoções estranhas porque tudo aconteceu tão rápido e de repente”, escreveu Tsimanouskaya, de 26 anos, no Instagram. “Há uma chance de eu ir para o campeonato mundial em Budapeste”, acrescentou ela, referindo-se à competição que começa em 19 de agosto.
Tsimanouskaya disse à Reuters no ano passado que queria outra chance de competir nas Olimpíadas. Ela espera correr os 200m nos Jogos de Paris do ano que vem, prova que deveria disputar em Tóquio um dia depois que Belarus a removeu da equipe.
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Fonte: Agência Brasil