Programa levou 23 estudantes para conhecer a história do país nórdico
Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira
O embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Ruud, recebeu um grupo de 23 estudantes, nesta quinta-feira (14), na embaixada do país, na Asa Sul. Os alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 206 do Recanto das Emas tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o país escandinavo por meio de diversas atividades interativas.
A visita dos estudantes faz parte do Programa Embaixada de Portas Abertas (Pepa), desenvolvido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF), que possibilita aos estudantes o aprendizado acerca de história, geografia, cultura e línguas estrangeiras, assim como sobre carreiras e rotinas diplomáticas e consulares de diversos países.
Durante as quase três horas em que permaneceram na embaixada, os estudantes conheceram detalhes e curiosidades da Noruega, conversaram – em inglês – com o embaixador, participaram de um quiz com perguntas sobre o país, visitaram o espaço da embaixada e ainda provaram o waffle tradicional da gastronomia norueguesa. “Já tinha visto fotos, mas nunca havia comido. Achei uma delícia, melhor do que eu imaginava”, garantiu Rihana Araújo, 12 anos, estudante do 7º ano.
“Foi muito bom receber as crianças aqui, uma experiência incrível para eles e para nós”, ressaltou o embaixador. A garotada também aprovou a experiência. “Agora posso falar para minha mãe que pisei em outro país”, disse o estudante João Victor da Silva Mendes, 14 anos, que cursa o 8º ano. “Entramos aqui e é outro mundo”, frisou. Discurso que foi complementado pelo colega Aleandro Pereira, 14 anos, estudante da mesma turma: “É um país diferente do nosso, bem mais antigo, com muitas diferenças, então é bom conhecer e ver tudo de perto”.
Viagem para todos
O Pepa começa com a chegada dos estudantes à embaixada com a intenção de transportá-los para outro país. “E é assim, afinal, as embaixadas representam seus países na capital”, explica o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto. De acordo com ele, o programa promove a educação e o intercâmbio cultural, além de ser uma oportunidade única aos estudantes de conhecerem, de perto, outros países. “Muitos deles nunca, sequer, saíram da cidade e o Pepa acaba sendo uma viagem para todos”, comparou.
Logo na entrada, eles “carimbam o passaporte” para ter acesso ao espaço da missão diplomática. Hoje, foram recebidos por funcionários e, especialmente, pelo embaixador Odd e a embaixatriz Hege Solheim Ruud.
O embaixador passeou com os estudantes pelos jardins da embaixada, depois de explicar o quanto seu país é ligado ao meio ambiente e à sustentabilidade. “Somos muito conectados e respeitamos muito a natureza”, destacou Odd.
Os alunos conheceram a criação de abelhas da embaixada, o primeiro carro 100% elétrico de uma embaixada de Brasília – usado pelo diplomata -, curiosidades sobre o clima, a economia, os hábitos nórdicos e até participaram do “batizado” da máquina elétrica de cortar gramas: a Freya.
“Esse acesso às novas culturas, à língua que eles estão aprendendo nas salas de aula, toda essa experiência é muito valiosa porque é inclusiva para os estudantes”, destacou o professor de língua estrangeira do CEF 206, Reysan Tavares, que acompanhou os alunos.
Dentre os 23 estudantes sorteados para participarem do Pepa na Embaixada da Noruega, dois deles são estudantes da educação inclusiva da escola: um com transtorno do espectro autista (TEA) e outra com deficiência intelectual (DI). “Para eles, especificamente, é uma oportunidade de saírem da fronteira da escola, além de esses passeios se transformarem em memória afetiva para eles, que lembrarão da experiência positiva vinda da escola pública”, explicou o professor.
No próximo mês, o Pepa fará o caminho inverso: levará o embaixador e o staff da embaixada para conhecer o CEF 206, espaço onde os estudantes têm suas atividades educacionais. Lá, eles também provarão pratos típicos do Brasil, assistirão a apresentações dos estudantes e participarão de atividades preparadas pela escola. “Agradeço por terem aberto as portas da embaixada para essas crianças terem acesso a esse conhecimento que, certamente, levarão para sempre em suas vidas”, disse o secretário-executivo da Serinter, Paulo Cesar Chaves, que acompanhou a visita juntamente com os estudantes e professores.
*Com informações da Serinter-DF