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    Escolas de gestão compartilhada terão aulas de música

    Inicialmente, seis escolas serão beneficiadas; aulas serão dadas por militares do Corpo de Bombeiros 

    Agência Brasília* I Edição: Igor Silveira

     

     

    Após período de ajustes e adaptação, as aulas de música nas escolas de gestão compartilhada de ensino tiveram início. Os professores são militares do Corpo de Bombeiros do DF que integraram a banda da corporação no passado. Inicialmente, seis escolas foram beneficiadas – em Samambaia, Riacho Fundo II, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Brazlândia e Paranoá. As demais terão policiais militares como professores.

     

    Aposentados, os militares foram selecionados e contratados por tempo certo de serviço para trabalharem pelo prazo de dois anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Sandro Avelar, e equipe de gestores visitaram uma das escolas, o Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga, na manhã desta terça-feira (12).

     

    Além de serem profissionais com experiência na área, são bombeiros e policiais que entendem a dinâmica de uma banda de música militar, de forma que poderão contribuir com a parte teórica, formação e conduta dos alunos. Além disso, a música contribui para o desenvolvimento integral do aluno, desde a socialização e a criatividade até aspectos como a fala e a respiração. É uma iniciativa que agrega ainda mais qualidade ao processo de ensino e aprendizagem”, ressalta o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.

     

    Ao introduzir aulas de música nas escolas de gestão compartilhada, estamos oferecendo aos nossos estudantes uma oportunidade única de explorar sua criatividade, desenvolver habilidades artísticas e construir um senso mais profundo de comunidade ❞

    Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

     

     

    Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, as aulas de música é uma forma de dar oportunidade dos alunos desenvolverem a criatividade. “A música é uma linguagem universal que transcende fronteiras e conecta corações. Ao introduzir aulas de música nas escolas de gestão compartilhada, estamos oferecendo aos nossos estudantes uma oportunidade única de explorar sua criatividade, desenvolver habilidades artísticas e construir um senso mais profundo de comunidade”, afirma. “Acreditamos que a música não apenas enriquece a alma, mas também fortalece o aprendizado em todas as áreas do currículo.

     

    Um plano pedagógico foi criado para que o ensino seja padronizado e para trabalhar o mesmo repertório musical, como explica o subsecretário de Gestão Compartilhada, Alexandre Ferro. “Algumas escolas já tinham aulas, mas com voluntários. Essa metodologia é importante para que se tenha os mesmos resultados em todas as unidades de gestão compartilhada. Além disso, participar das aulas é uma forma de incentivar os alunos, pois para fazerem parte é necessário ter boas notas e bom comportamento, tudo monitorado por uma gestão pedagógica”, enfatiza.

     

    Para o coordenador musical das escolas, Huadson Gutemberg, a escolha dos professores foi fundamental para o sucesso do projeto. “Foi solicitado que selecionassem ex-maestros da Banda do CBMDF. E a missão era, além de ensinar tocar instrumentos e hinos, contribuir com o ensino dos alunos de forma geral, pois nem todos serão músicos, mas queremos contribuir para que todos tenham a melhor formação para escolherem suas profissões”, conta.

     

    Para o diretor da escola CEF 19, que recebeu os gestores da SSP-DF nesta terça-feira (12), Toshiro Yamagut, as aulas têm contribuído com melhor aproveitamento pedagógico dos estudantes. “Esta é uma forma de desenvolver novos modelos de conhecimento, melhorar a concentração, o rendimento escolar e agregar nas atividades escolares”, esclarece. A aluna Giovanna, que está aprendendo a tocar saxofone, agradeceu a oportunidade de fazer parte do projeto. “É uma alegria muito grande ter esta oportunidade, uma honra para mim e para minha família”, afirmou.

     

    O projeto

     

    O projeto das escolas de gestão compartilhada (EGCs) é fruto de uma parceria entre as secretarias de Segurança Pública (SSP-DF) e de Educação (SEE-DF) para realização de ações conjuntas. O objetivo é proporcionar uma educação de qualidade, bem como construir estratégias voltadas à segurança comunitária e ao enfrentamento da violência no ambiente escolar, promovendo uma cultura de paz e o pleno exercício da cidadania.

     

    Atualmente há 12 escolas de gestão compartilhada. A última foi Brazlândia, que teve o modelo aprovado por 85% da comunidade escolar no fim de 2022. “Esse modelo é fruto de parceria com base na confiança da comunidade escolar, que garante aos nossos jovens e professores tranquilidade para exercer plenamente as atividades pedagógicas”, finaliza o secretário de Segurança Pública.

     

    Atualmente o projeto das Escolas de Gestão Compartilhada atende a 12 escolas públicas do Distrito Federal:

    → Centro Educacional 3, de Sobradinho;
    → Centro Educacional 308, do Recanto das Emas;
    → Centro Educacional 1, da Estrutural;
    → Centro Educacional 7, de Ceilândia;
    → Centro Educacional 2, de Brazlândia;
    → Centro Educacional Condomínio Estância III, de Planaltina;
    → Centro Educacional 1, do Itapoã;
    → Centro de Ensino Fundamental 19, de Taguatinga;
    → Centro de Ensino Fundamental 1, do Núcleo Bandeirante;
    → Centro de Ensino Fundamental 407, de Samambaia;
    → Centro de Ensino Fundamental 1, do Riacho Fundo II;
    → Centro de Ensino Fundamental 1, do Paranoá.

     

    *Com informações da SSP-DF

     

    Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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