Licitação inclui áreas em 16 estações do ramal de transporte sobre trilhos; vencedora do certame poderá explorar comércios por prazo de 3
O Metrô vai conhecer no próximo dia 31 as propostas para concessão de espaços comerciais da Linha 3-Vermelha. A licitação abrange 16 das 18 estações no ramal de transporte sobre trilhos entre as zonas leste, oeste e central da capital, e a concessionária vencedora poderá explorar os espaços comerciais por prazo de 30 anos.
A área total da concessão é de 1.908,69 m². As estações incluídas são Corinthians-Itaquera, Artur Alvim, Patriarca, Guilhermina-Esperança, Vila Matilde, Penha, Carrão, Tatuapé, Belém, Bresser-Mooca, Pedro II, Sé, Anhangabaú, República, Santa Cecília e Marechal Deodoro.
No ano passado,o Metrô arrecadou R$ 38 milhões com a concessão e locação dos espaços comerciais e lojas dentro das estações. Na licitação da Linha 3-Vermelha, o grupo vencedor terá obrigações como a construção de sanitários públicos e áreas de apoio para os trabalhadores dos pontos de comércio, inclusive também a conservação e administração de bicicletários.
Até o mês passado, existiam 267 estabelecimentos comerciais nas estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, com mais de 20 tipos de serviços como lanchonetes, loja de cosméticos, acessórios, farmácias, calçados, vestuário e acessórios eletrônicos. Essas lojas geram mais de 350 empregos diretos.
Nos últimos anos, o Metrô concedeu à iniciativa privada os espaços comerciais de dois ramais: a Linha 2-Verde, em outubro de 2020, e a Linha 1-Azul em janeiro de 2022.
Gerente de Negócios Patrimoniais e Inovação do Metrô, Silvia Pereira explica que a estratégia foi adotada para aumentar a receita e melhorar os serviços oferecidos ao público. “Vamos promover uma oferta equilibrada de produtos e serviços para melhor atender os passageiros. O concessionário vai modernizar a infraestrutura geral das lojas e padronizar a comunicação visual.”
Chefe de departamento de Contratos de Receitas Patrimoniais e Contratuais do Metrô, Silvia Ribeiro também destaca a economia gerada pelas concessões. “Além da receita obtida pelo Metrô, tem também a questão da desoneração. Principalmente em áreas remanescentes, que normalmente o Metrô teria que cuidar da vigilância, da limpeza, da manutenção e até o pagamento do IPTU. Com a concessão, a gente consegue fazer a desoneração desses custos, por isso acaba sendo um duplo ganho.”
Outras concessões
Em 2020, o Metrô concedeu 13 terminais de ônibus anexos às estações com o objetivo de modernizar os espaços e trazer benefícios aos passageiros. A medida proporcionou uma economia de R$ 22 milhões em gastos de manutenção e conservação dos espaços.
Além da exploração comercial dos espaços das estações e terminais de ônibus anexos, o Metrô também concede à iniciativa privada a publicidade e oferece a adoção de naming rights, como acontece nas paradas Carrão-Assaí Atacadista, Saúde-Ultrafarma e Penha-Lojas Besni. Além dos valores estabelecidos em contrato para uso dos nomes, os acordos garantiram investimento de R$ 1,25 milhão para melhoria das estações e a desoneração de R$ 1 milhão com a manutenção de mobiliário.
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